quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Lágrimas ocultas.
Lágrimas Ocultas (Florbela Espanca)
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
site da imagem acima:psicologiarg.blogspot.com
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Querida obrigada pela visita e gentil comentário.Vim conhecer o teu Blog e deparei-me com este poema lindo de Florbela.Amei! Vim, gostei e voltarei sempre.Já me instalei.Bom feriado com muita luz, flores e cores para enfeitar tua alma.bjs Eloah
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