quarta-feira, 4 de maio de 2011
















França - Um menino sujo e maltrapilho corre até a praia. Olha sorrindo para o mar, durante breves segundos, até perceber que está sendo perseguido por guardas a cavalo. Leva um golpe de fuzil no rosto e a cena escurece. Durante a 2ª Guerra Mundial, os órfãos dos combatentes franceses eram entregues a Centros de Educação Vigiada. Aos 14 anos, Yves Tréguier já passara por vários, sendo transferido sempre que tentava fugir. Seu sonho era chegar ao porto e embarcar num navio para Nova Iorque. Guardava com carinho um Atlas, onde percorria imaginariamente a viagem.

A realidade nas casas de correção era quase insuportável. Além da falta de instrução escolar, quem chegava analfabeto assim permanecia, havia o abuso por parte de alguns internos mais fortes e uma disciplina opressora por parte das autoridades. Era preciso sobreviver a cada dia. As amizades confortavam e o trabalho distraía os adolescentes prisioneiros.

O filme mostra que os jovens não nascem criminosos, mas podem se tornar depois de sofrerem contínuos ataques de violência verbal, física e sexual. Se os Centros de Educação Vigiada franceses foram fechados em 1979, lembram em muito as condições precárias dos atuais reformatórios para brasileiros. "Entre os Muros da Prisão" conta com excelente elenco juvenil e roteiro baseado no livro de Auguste Le Breton, pseudônimo do escritor Yves Tréguier.

Diretor: Christian Faure
Roteiro: Albert Algoud, baseado em "Hauts Murs" de Auguste Le Breton
Música: Charles Court
Fotografia: Jean-Claude Larrieu
Elenco: Emile Berling, Pascal N'Zonzi, Carole Bouquet, Catherine Jacob, Michel Jonasz, Guillaume Gouix, Julien Bouanich






















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