terça-feira, 31 de maio de 2011

Vinicius de Moraes

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

Um comentário:

  1. Valoriso bastante a amizade; actualmente um pouco relegada,bem diferente de à uns tempos atrás.O tempo muito preenchido com trabalho,o cansaço fisico,são desculpas para os laivos de egoismo que se notam cada vez mais.Tudo muda......

    Gosto muito do grande Vinicius!

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Obrigada por seu Comentário! (Maria Gell)

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